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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Bom emprego no interior. Porque não? (Site Comtalento - Gestor Consultoria)

Retirado do site http://www.comtalento.com.br/artigo/detalhe.php?nId=4

Bom emprego no interior. Porque não?

?Bom dia senhora!
Me chamo Lúcia, sou consultora da Gestor consultoria e tenho em mãos o currículo de ?Joana?, no momento estamos conduzindo um processo seletivo e gostaria de falar com Joana.?

Essa ligação traz esperança, emoção e alegria para uma casa. Este sentimento é compartilhado com consultor quando fala com um candidato, bem como a expectativa de dar o próximo telefonema.

?Olá João, sou Rafael da Gestor consultoria e estou ligando pra lhe comunicar que você foi o candidato escolhido para ingressar na empresa XYZ.?

Neste momento político-social acreditamos que ligações como estas se manifestam mais raramente. No entanto, percebo que ultimamente tem se avolumado tais contatos apesar de nosso descrédito e grande número de desempregados. As regiões do Norte e Nordeste vêem mostrando seu talento para o segmento de mineração, logística, turismo entre outras. Todavia, a preocupação que assola nós consultores, é que tais demandas provém das cidades do interior dos estados e as pessoas preferem a vida das capitais com suas entidades formadoras de profissionais, ?infra-estrutura?, opções de lazer e aconchego da família. Com toda a ?mordomia? dos centros urbanos longe do bucólico, ar puro e mínima estrutura social do interior.

Nas minhas visitas ao interior do Pará e Maranhão, mais especificamente, vejo localidades com promissores espaços de desenvolvimento, possibilidades de trabalho com bons salários, empresas de grande porte que não medem esforços em oportunizar qualificação e desafios na carreira daqueles que se dispõe a uma transformação de vida.

Nesse contexto, arrisco em dizer que para uma real absorção dos profissionais qualificados ou em desenvolvimento de suas competências o que deve mudar é o pensamento que viver nos grandes pólos faz a diferença. É claro que tem enormes compensações estar num grande centro. Mas, viver sem emprego ou desvirtuando seu investimento educacional, ou seja - um técnico em eletrônica que encontra trabalho como vendedor de móveis, Engenheiro de segurança do trabalho que se torna taxista porque não encontra emprego ? e as grandes indústrias no interior importando profissionais do centro-oeste e outras regiões com excelentes salários e benefícios.

Vamos ser sensatos, não cabe somente ao governo o investimento em infraestrutura, educação e saúde. Vamos fazer o mea culpa e pensar se estamos de coração aberto para deixar o conforto de nossa cidade com delivery, locadoras de vídeos top de linha e cortar o cordão umbilical para seguir nossa vida (um dia tem que acontecer!) e nos permitir ao novo.

Convido você a pensar numa rotina diferente, com qualidade de vida longe dos grandes engarrafamentos, conhecer seus vizinhos, tirar as crianças do espaço confinado de um playground e acima de tudo com um trabalho equivalente aos seus investimentos pessoais.

E porque não fazer a diferença em uma localidade do interior, promover o desenvolvimento sócio-cultural, associar-se a entidades que possam trazer novidades, modernização, educação e crescimento da população local. Penso agora que devemos resgatar o espírito dos bandeirantes no final do século XVI que realizaram as entradas e bandeiras. Nosso ouro e prata estão nas nossas conquistas por um bom salário, respeito e valorização da mão-de-obra.
Allyne Rolim Marques

Coordenadora de Projetos

Gestor - Gestão Organizacional

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